Canta o canto que é porfia
No refrão do violeiro;
Quando a mim falou primeiro
Desejando de bom grado,
Receber por seu recado
Um real por cantoria.
Na escola da esperteza
Aprendi o ingrediente
De testar o sapiente
Que não demonstra fraqueza.
Foi então que dei-lhe um mote
Pr’a cantar sem mais tardança:
“Cristo é a única esperança”
Para quem espera a morte.
Ele assim plangeu o violão
Com a trova prazenteiro:
“Eu não sei se o cidadão
É doutor ou fazendeiro.
Pelo menos representa
A quem vive na abastança
É por isso que sustenta:
“Cristo é a única esperança”.
“É a única esperança”,
Repetiu o cantador,
Pr’a salvar velho e criança
E libertar o malfeitor.
Só Jesus tem tal poder;
É quem pode nos valer
Neste mundo enganador.
Vou encerrar a minha trova
E dizer com confiança,
Para quem me desaprova,
Cujo pé está na cova
“Cristo é a única esperança”.
Rio, 18/03/2009
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